21.10.2012, 09:37
Esta casa que vês arruinada,
Solitária e deserta no caminho,
Foi outrora de noivos casto ninho
De ilusões e de risos povoada.
E hoje, como fúnebre morada...
Já não conserva o traço de um carinho,
Nem se ouve o trinar do passarinho,
Em seu muro, ao romper da madrugada.
Assim meu coração d’antes repleto
De esperanças e cândidos amores
É hoje como um túmulo, deserto;
E o vergel onde outrora as lindas cores
Das rosas de um porvir risonho e certo
Brilhavam, tem espinho em vez de flores!
Solitária e deserta no caminho,
Foi outrora de noivos casto ninho
De ilusões e de risos povoada.
E hoje, como fúnebre morada...
Já não conserva o traço de um carinho,
Nem se ouve o trinar do passarinho,
Em seu muro, ao romper da madrugada.
Assim meu coração d’antes repleto
De esperanças e cândidos amores
É hoje como um túmulo, deserto;
E o vergel onde outrora as lindas cores
Das rosas de um porvir risonho e certo
Brilhavam, tem espinho em vez de flores!