21.10.2012, 09:30
Não te corre nas veias delicadas
O sangue azul da fátua realeza,
Nem te cerca o prestigio de grandeza
Que enaltece as cabeças coroadas;
Desconheces as regras variadas
De etiqueta, requinte da nobreza,
Nem preferes à doce singeleza
Em que vives as côrtes decantadas.
A teus pés não se curva a multidão
Para beijar tua pequenina mão,
Quando passas incógnita e sozinha;
Mas, sendo, como és formosa, e boa,
Tens uma bela e fúlgida coroa,
E vales muito mais que uma rainha.
O sangue azul da fátua realeza,
Nem te cerca o prestigio de grandeza
Que enaltece as cabeças coroadas;
Desconheces as regras variadas
De etiqueta, requinte da nobreza,
Nem preferes à doce singeleza
Em que vives as côrtes decantadas.
A teus pés não se curva a multidão
Para beijar tua pequenina mão,
Quando passas incógnita e sozinha;
Mas, sendo, como és formosa, e boa,
Tens uma bela e fúlgida coroa,
E vales muito mais que uma rainha.