18.09.2010, 12:53
Aquela, que eu adoro, não é feita
De lyrios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas languidas, divinas
Da antiga Venus de cintura estreita...
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortaes entre ruinas,
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas
D'um corcel e combate satisfeita...
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...
É como uma miragem, que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpavel do Desejo...
De lyrios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas languidas, divinas
Da antiga Venus de cintura estreita...
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortaes entre ruinas,
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas
D'um corcel e combate satisfeita...
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...
É como uma miragem, que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpavel do Desejo...