09.05.2010, 10:17
IN MEMORIAM
Ao meu morto querido
Na cidade de Assis, "il Poverello"
santo, três vezes santo, andou pregando
Que o Sol, a Terra, a flor, o rocio brando,
Da pobreza o tristíssimo flagelo,
Tudo quanto há de vil, quanto há de belo,
Tudo era nosso irmão! -- E assim sonhando,
Pelas estradas da Umbra foi forjando
Da cadeia do amor o maior elo!
"Olha o nosso irmão Sol, nossa irmã Água..."
Ah! Poverello! Em mim, essa lição
Perdeu-se como vela em mar de mágoa
Batida por furiosos vendavais!
-- Eu fui na vida a irmã de um só Irmão,
E já não sou a irmã de ninguém mais!
Ao meu morto querido
Na cidade de Assis, "il Poverello"
santo, três vezes santo, andou pregando
Que o Sol, a Terra, a flor, o rocio brando,
Da pobreza o tristíssimo flagelo,
Tudo quanto há de vil, quanto há de belo,
Tudo era nosso irmão! -- E assim sonhando,
Pelas estradas da Umbra foi forjando
Da cadeia do amor o maior elo!
"Olha o nosso irmão Sol, nossa irmã Água..."
Ah! Poverello! Em mim, essa lição
Perdeu-se como vela em mar de mágoa
Batida por furiosos vendavais!
-- Eu fui na vida a irmã de um só Irmão,
E já não sou a irmã de ninguém mais!