13.05.2010, 08:30
SURDINAS
Às raparigas tristes
Vais partir, vais partir que eu bem te vejo
Na branca face os gélidos suores,
Vais procurar as musicas melhores
Do sol, da glória e do celeste beijo.
Dentro de ti harpas do desejo
Não vibram mais -- embora que tu chores --
Nem pelas tuas aflições maiores
Se escuta um vago e enfraquecido arpejo...
Bem! vais partir, vais demandar esferas
Amplas de luz, feitas de primaveras,
Paisagens novas e amplidão florida...
Mas ao chegar-te a lágrima infinita,
Lembra-te ainda, ó pálida bonita
De que houve alguém que te adorou na vida.
Às raparigas tristes
Vais partir, vais partir que eu bem te vejo
Na branca face os gélidos suores,
Vais procurar as musicas melhores
Do sol, da glória e do celeste beijo.
Dentro de ti harpas do desejo
Não vibram mais -- embora que tu chores --
Nem pelas tuas aflições maiores
Se escuta um vago e enfraquecido arpejo...
Bem! vais partir, vais demandar esferas
Amplas de luz, feitas de primaveras,
Paisagens novas e amplidão florida...
Mas ao chegar-te a lágrima infinita,
Lembra-te ainda, ó pálida bonita
De que houve alguém que te adorou na vida.