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NO CALVÁRIO - ZaunköniG - 21.10.2012 Ergue-se a cruz no monte! As sombras lutulentas De um eclipse de sol a terra toda envolvem; Tudo sofre e se agitam, as pedras se revolvem, E mortuárias visões, das tumbas surgem lentas. Aqui e ali se veem criaturas malicentas Que mesmo na aflição os seus olhares volvem Para o Mártir divino, a blasfemar cruentas E outra há que a adorá-lo, enfim já se resolveram. Um gorgeio não se ouvem... A turba emudecida Em face da tragédia horrorosa, deicida. Desvenda o mundo inteiro, o mais triste cenário. Somente o amor de mãe, inquebrantável, forte, Não vacila, e resiste ao suplício, a morte. Brilhando como o céu, nas trevas do calvário. |