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NAVIOS-FANTASMAS - ZaunköniG - 09.05.2010 NAVIOS-FANTASMAS O arabesco fantástico do fumo Do meu cigarro traça o que disseste, A azul, no ar, e o que me escreveste, E tudo o que sonhaste e eu presumo. Para a minha alma estática e sem rumo, A lembrança de tudo o que me deste Passa como navio que perdeste, No arabesco fantástico do fumo... Lá vão! Lá vão! Sem velas e sem mastros, Têm o brilho rutilante de astros, Navios-fantasmas, perdem-se a distância! Vão-me buscar, sem mastros e sem velas, Noiva-menina, as doidas caravelas, Ao ignoto País da minha infância... |