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ÁRVORES DO ALENTEJO - ZaunköniG - 09.05.2010 ÁRVORES DO ALENTEJO Ao Prof.Guido Batelli Horas mortas...Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido...e, torturadas, As árvores sangrentas, revoltadas, Gritam a Deus a bênção duma fonte! E quando, manhã alta, o sol pospoente A oiro, a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte! Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa! Árvores! Não choreis! Olhai e vede: -- Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água! |