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Fagundes Varela: Vem despontando a aurora, a noite morre, - ZaunköniG - 25.04.2010 Fagundes Varela 1841 – 1875 Brasilien Vem despontando a aurora, a noite morre, Desperta a mata virgem seus cantores, Medroso o vento no arraial das flores Mil beijos furta e suspirando corre. Estende a névoa o manto e o val percorre, Cruzam-se as borboletas de mil cores, E as mansas rolas choram seus amores Nas verdes balsas onde o orvalho escorre. E pouco a pouco se esvaece a bruma, Tudo se alegra à luz do céu risonho E ao flóreo bafo que o sertão perfuma. Porém minh'alma triste e sem um sonho Murmura olhando o prado, o rio, a espuma: Como isto é pobre, insípido, enfadonho! |