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Alvarenga Peixoto: Não me aflige do potro a viva quina; - Druckversion

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Alvarenga Peixoto: Não me aflige do potro a viva quina; - ZaunköniG - 25.04.2010

Alvarenga Peixoto
1744 – 1792 Portugal


Não me aflige do potro a viva quina;
Da férrea maça o golpe não me ofende;
Sobre as chamas a mão se não estende;
Não sofro do agulhete a ponta fina.

Grilhão pesado os passos não domina;
Cruel arrocho a testa me não fende;
À força perna ou braço se não rende;
Longa cadeia o colo não me inclina.

Água e pomo faminto não procuro;
Grossa pedra não cansa a humanidade;
A pássaro voraz eu não aturo.

Estes males não sinto, é bem verdade;
Porém sinto outro mal inda mais duro:
Da consorte e dos filhos a saudade!