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Álvares de Azevedo: Último Soneto - ZaunköniG - 25.04.2010 Álvares de Azevedo 1831 – 1852 Brasilien Último Soneto Já da noite o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito, embalde num macio encosto, Tento o sono reter!... Já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece... Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos, por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive! |