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Artur Azevedo: Por Decoro - ZaunköniG - 25.04.2010 Artur Azevedo 1855 – 1908 Brasilien Por Decoro Quando me esperas, palpitando amores, E os grossos lábios úmidos me estendes, E do teu corpo cálido desprendes Desconhecido olor de estranhas flores; Quando, toda suspiros e fervores, Nesta prisão de músculos te prendes, E aos meus beijos de sátiro te rendes, Furtando as rosas as púrpureas cores; Os olhos teus, inexpressivamente, Entrefechados, lânguidos, tranquilos, Olham, meu doce amor, de tal maneira, Que, se olhassem assim, publicamente, Deveria, perdoa-me, cobri-los Uma discreta folha de parreira. |