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Artur Azevedo: Eterna Dor - ZaunköniG - 25.04.2010 Artur Azevedo 1855 – 1908 Brasilien Eterna Dor Já te esqueceram todos neste mundo... Só eu, meu doce amor, só eu me lembro, Daquela escura noite de setembro Em que da cova te deixei no fundo. Desde esse dia um látego iracundo Açoitando-me está, membro por membro. Por isso que de ti não me deslembro, Nem com outra te meço ou te confundo. Quando, entre os brancos mausoléus, perdido, Vou chorar minha acerba desventura, Eu tenho a sensação de haver morrido! E até, meu doce amor, se me afigura, Ao beijar o teu túmulo esquecido, Que beijo a minha própria sepultura! |