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A um poeta - ZaunköniG - 25.04.2010 A um poeta Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre e sua! Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo , Qua a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego. Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício. Porque a beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a Graça na simplicidade |