21.10.2012, 14:02
Sentindo-se de força e vigor falta,
Mal a que o tempo enfim todos condena,
Renovar-se outra vez a Águia ordena,
Abre as asas ao Sol, e as nuves salta.
Despois que lá se vê soberba e alta,
Lança-se ao mar com fúria não pequena,
E caindo-lhe a velha e antigua pena,
De nova glória se reveste e esmalta.
Mar sois Maris, a língua lusitana
É esta Águia, que antigua se renova
E os ares sobre todas livre raia.
Temo-lhe o caso de Ícaro de ufana;
Mas se do Sol queimada em mar o prova,
Será para que sempre nova saia.
Mal a que o tempo enfim todos condena,
Renovar-se outra vez a Águia ordena,
Abre as asas ao Sol, e as nuves salta.
Despois que lá se vê soberba e alta,
Lança-se ao mar com fúria não pequena,
E caindo-lhe a velha e antigua pena,
De nova glória se reveste e esmalta.
Mar sois Maris, a língua lusitana
É esta Águia, que antigua se renova
E os ares sobre todas livre raia.
Temo-lhe o caso de Ícaro de ufana;
Mas se do Sol queimada em mar o prova,
Será para que sempre nova saia.