20.10.2012, 13:34
À memória do pequeno Alberto.
Sei que tu'alma carinhosa e mansa
Voou, sorrindo, para o Azul celeste;
Sei que teu corpo virginal descansa
Aqui da terra n'um cantinho agreste.
Tudo isto sei: mas tu não me disseste
Se lá no Céu, na pátria da Esperança,
Ou aqui no mundo, à sombra do cipreste,
Deixaste o coração, loura criança!
Desceu acaso com o corpo à terra
Ele tão puro e que só luz encerra?
Não creio n'isso e ninguém crê de certo...
Entanto, eu cismo que, num vale ameno,
Talvez o seio de um jasmim pequeno
Sirva de berço ao coração de Alberto.
Sei que tu'alma carinhosa e mansa
Voou, sorrindo, para o Azul celeste;
Sei que teu corpo virginal descansa
Aqui da terra n'um cantinho agreste.
Tudo isto sei: mas tu não me disseste
Se lá no Céu, na pátria da Esperança,
Ou aqui no mundo, à sombra do cipreste,
Deixaste o coração, loura criança!
Desceu acaso com o corpo à terra
Ele tão puro e que só luz encerra?
Não creio n'isso e ninguém crê de certo...
Entanto, eu cismo que, num vale ameno,
Talvez o seio de um jasmim pequeno
Sirva de berço ao coração de Alberto.