18.09.2010, 13:07
(A Manoel Duarte de Almeida)
Tu que não crês, nem amas, nem esperas,
Espirito de eterna negação,
Teu halito gelou-me o coração
E destroçou-me da alma as primaveras...
Atravessando regiões austeras,
Cheias de noite e cava escuridão,
Como n'um sonho mau, só oiço um não,
Que eternamente ecchoa entre as espheras...
— Porque suspiras, porque te lamentas,
Cobarde coração? Debalde intentas
Oppor á Sorte a queixa do egoismo...
Deixa aos timidos, deixa aos sonhadores
A esperança van, seus vãos fulgores...
Sabe tu encarar sereno o abysmo!
Tu que não crês, nem amas, nem esperas,
Espirito de eterna negação,
Teu halito gelou-me o coração
E destroçou-me da alma as primaveras...
Atravessando regiões austeras,
Cheias de noite e cava escuridão,
Como n'um sonho mau, só oiço um não,
Que eternamente ecchoa entre as espheras...
— Porque suspiras, porque te lamentas,
Cobarde coração? Debalde intentas
Oppor á Sorte a queixa do egoismo...
Deixa aos timidos, deixa aos sonhadores
A esperança van, seus vãos fulgores...
Sabe tu encarar sereno o abysmo!