08.05.2010, 15:00
Já a saudosa Aurora destoucava
os seus cabelos d'ouro delicados,
e as flores, nos campos esmaltados,
do cristalino orvalho borrifava;
quando o fermoso gado se espalhava
de Sílvio e de Laurente pelos prados;
pastores ambos, e ambos apartados,
de quem o mesmo Amor não se apartava.
Com verdadeiras lágrimas, Laurente,
-Não sei (dizia) ó Ninfa delicada,
porque não morre já quem vive ausente,
pois a vida sem ti não presta nada?
Responde Sílvio:-Amor não o consente,
que ofende as esperanças da tornada.
os seus cabelos d'ouro delicados,
e as flores, nos campos esmaltados,
do cristalino orvalho borrifava;
quando o fermoso gado se espalhava
de Sílvio e de Laurente pelos prados;
pastores ambos, e ambos apartados,
de quem o mesmo Amor não se apartava.
Com verdadeiras lágrimas, Laurente,
-Não sei (dizia) ó Ninfa delicada,
porque não morre já quem vive ausente,
pois a vida sem ti não presta nada?
Responde Sílvio:-Amor não o consente,
que ofende as esperanças da tornada.